Põe à prova a existência,
equilibra-se à vivência,
ginga com a sobrevivência,
ampara-se em linhas frágeis,
andaimes de fios cortantes,
voos parvos e rasantes,
sem direção, motivação
ou algo que lhe valha
a pena da
batalha.
Expõe a
verve que vibra
ainda que
o sonho agonize
e a vida
num revide
protagonize
o que será…
Derrocadas vestem branco
pedem a paz que tardará,
incutindo
o tempo inteiro
o destino
que se lhe impõem
prepotentes atitudes
tarjando
falsas virtudes,
ilusórios
aparatos,
cidadãos
de fino trato,
embusteiros
(des)mascarados
ante a fé
que cambaleia
em nocaute à ilusão
no combate
inusitado:
Reação
versus Coação.
E no fio
da navalha
se
equilibra o cidadão,
vítima do
inafiançável
poder de (in) decisão
a espera que um dia
prepondere a
perplexão
e todo o
poder se (re) volte
à real
situação.
(Carmen
Lúcia)
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