terça-feira, 16 de agosto de 2016

No fio da navalha






Põe à prova a existência,
equilibra-se à vivência,
ginga com a sobrevivência,
ampara-se em  linhas frágeis,
andaimes de fios cortantes,
voos parvos e rasantes,
sem direção, motivação
 ou algo  que lhe  valha
a pena da batalha.

Expõe a verve que vibra
ainda que o sonho agonize
e a vida num revide
protagonize o que será…
 Derrocadas vestem branco
pedem a  paz que tardará,
incutindo o tempo inteiro
o destino que se lhe impõem
 prepotentes atitudes
tarjando falsas virtudes,
ilusórios aparatos,
cidadãos de fino trato,
embusteiros (des)mascarados
ante a fé que cambaleia
em nocaute à ilusão
no combate inusitado:
Reação versus Coação.


E no fio da navalha
se equilibra o cidadão,
vítima do inafiançável
poder de (in) decisão
a espera que um dia
prepondere a perplexão
e todo o poder se (re) volte
à real situação.

(Carmen Lúcia)








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