Senhor, perdoa-me o despautério!
Devolvo-te a inspiração.
Sinto cometer um adultério
traindo a voz do coração.
Sinto cometer um adultério
traindo a voz do coração.
meus lábios não dizem o que sinto,
Tento enaltecer o amor,
que de tão raro se codificou,
quero descrever o belo
que perdeu o viço e se esfacelou.
quero descrever o belo
que perdeu o viço e se esfacelou.
Perdi-me no compasso, tropecei nas rimas,
fugi de meu estilo buscando o que me anima,
e a cada passo um descompasso me abomina
e o poema segue falso, sem autoestima.
fugi de meu estilo buscando o que me anima,
e a cada passo um descompasso me abomina
e o poema segue falso, sem autoestima.
Por isso, meu Senhor, me encontro à deriva...
Pra que inspiração se falta emoção?
Pra que a poesia se já não há fantasia?
Não sei se me perdi ou me perdeu a vida.
Pra que inspiração se falta emoção?
Pra que a poesia se já não há fantasia?
Não sei se me perdi ou me perdeu a vida.
Carmen Lúcia
22/09/2009