Cenário da vida
Lá fora corre a vida.
O ar penetra pulmões.
O sol ilumina,
acelera corações.
Pessoas transitam.
A pressa.
Buzinas agitam, atropelam, sufocam.
O vaivém intermitente,
a sede de viver.
O movimento (sobre) natural alastra
no tempo atual.
Felicidade? Quem sabe?
Ainda resta esperança.
Cá dentro o ritual é outro.
Ar rarefeito, chagas no peito.
Cansaço, puído cada pedaço,
movimento parado.
Arrependimento?
Ter feito diferente.
Um dia a gente aprende,
ainda que esse dia sempre se ausente...
Resta a esperança?
Cansada, resolveu partir.
Ou não vir...
Sem pressa, a vida a se despedir...
A dor fica mais um tempo,
seja quanto tempo for...
( Carmen Lúcia)
Dezembro/ 2019
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Borboleta ou Liberdade
Foto de Ivy Menon, com a qual tive a ousadia de rabiscar algumas palavras com a pretensão de chamar de versos.Espero não haver maculado tão linda e significativa imagem.Obrigada, querida poeta!
Borboleta ou liberdade
Se faz presente, a liberdade.
Onipotente. Súbita.Inopinada.
Tão esperada!
Em tons de imensa beleza,
real singeleza
confronta a escuridão da dor...
Luz incandescente!
Traz esperança.
Desativa fendas expostas em solo árido da alma, do ventre, da gente.
Pousa em duras pedras.
Semeia pétalas.
Deixa a abstração, grades de prisão.
Metamorfoseia, (e)feito borboleta!
Convida a voar.
Impacta o ar!
(Carmen Lúcia) 25/12/2019
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