terça-feira, 30 de agosto de 2011

Em nome do amor


 Fala-me com doçura...
Necessito embalar-me em tua paz!
Momentos de brandura,
que só tua presença traz.
Ajuda-me a renascer!
Já morri tantas vezes...
Ensina-me a viver!
Quero voltar a crer.
Abraça-me com ternura
e no mesmo compasso
da mesma emoção,
sejamos um só coração.
Afasta-me dos medos,
sombras e fantasmas
que impedem meus passos,
sufocando meus sonhos.
Vens libertá-los...
E juntamente sonhá-los.
Traze-me de volta a mim
antes que seja tarde
e nosso tempo acabe...
Está em tuas mãos...Socorre-me!
Coisas que só o amor pode.


_ Carmen Lúcia_

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A bailarina da tela


A música surge instantânea ...
Basta fechar os olhos
e a melodia se avoluma
num som perceptível apenas
a quem há de mais sensível ...
a quem foi legado
o dom sagrado de perceber
o imperceptível...

As cores, pinta-as o coração...
Tal deslumbre só é compatível às pulsações
de quem define as sensações,
gerando efeitos que invejam o arco-íris,
colorindo uma dança de emoções
num perfeito desequilíbrio da razão...

Uma aura de luz indefinida
define a moldura, incandesce a pintura
da tela que se acautela quando percebida,
revelando a bailarina pisando cristais,
rodopiando espelhos a refletir
fragmentos de amores imortais.

_Carmen Lúcia_

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Esse poema...

Esse poema...

Esse poema...
(imagem copiada do Google)

Esse poema nasceu
quando o silêncio da manhã nascia
e a paz, o espaço percorria
trazendo-me o infinito de você.


Esse poema nasceu
quando o final do outono
bordava tapetes de folhas secas
no dourado ampliado pelo tempo.


Esse poema nasceu
quando a canção virou saudade
e nada mais prevaleceu
e o todo se deflagrou em metades.


Esse poema nasceu
da dor do amor que chega ao fim,
da primavera que não floresceu,
do desencanto que restou em mim.


_Carmen Lúcia_

terça-feira, 2 de agosto de 2011

De mãos atadas

                                        

De mãos atadas

De mãos atadas

Enrosquei-me nos jogos da vida, atrevida,
arrisquei-me a todos eles, avidez descabida,
preparei armadilhas a mim mesma
sem deixar vestígios para a saída.


Quis ser vencedora e me esquivei da luta,
joguei cartas marcadas adulterando a disputa,
preferi os atalhos às longas e árduas estradas
levada por sentimentos que não levavam a nada.


Hoje a vida passa, inatingível e calada,
silêncio que me cobra o fracasso da jornada...
Aceno com os olhos, pois de mãos atadas,
já não posso alcançá-la e cada vez mais se afasta.


_Carmen Lúcia_