quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A bailarina da tela


A música surge instantânea ...
Basta fechar os olhos
e a melodia se avoluma
num som perceptível apenas
a quem há de mais sensível ...
a quem foi legado
o dom sagrado de perceber
o imperceptível...

As cores, pinta-as o coração...
Tal deslumbre só é compatível às pulsações
de quem define as sensações,
gerando efeitos que invejam o arco-íris,
colorindo uma dança de emoções
num perfeito desequilíbrio da razão...

Uma aura de luz indefinida
define a moldura, incandesce a pintura
da tela que se acautela quando percebida,
revelando a bailarina pisando cristais,
rodopiando espelhos a refletir
fragmentos de amores imortais.

_Carmen Lúcia_

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