Quando o sol já não me brilhava
e o dia se fez noite em mim
surgiu você feito um clarão,
levou minha
solidão,
companheira da rotina
de não ter nada a fazer…
Mudou a minha sina,
reativou meu coração,
fez barulho por querer,
reacendeu a velha chama
da alma semiapagada,
do sonho pós-esquecido,
do padrão pre-estabelecido,
de um mundo vivido
à parte
de tudo o que invade,
faz festa e inquieta
e hoje vira saudade…
Do silêncio que persuade,
cala e consente
a vida desligada
vivida do nada.
Quero viver o seu sorriso,
esquecer aquele aviso
"Proibido deixar viver."
Aquecer-me a sua chama,
ouvir o que minh’alma clama
o que a vida reservou pra mim.
(Carmen Lúcia)
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