domingo, 22 de novembro de 2015

Clarão





Quando o sol já não me brilhava
e o dia se fez noite em mim
surgiu você feito um clarão,
levou  minha solidão,
companheira da rotina
de não ter nada a fazer…
Mudou a minha sina,
reativou meu coração,
fez barulho por querer,
reacendeu  a velha chama
da alma semiapagada,
do sonho pós-esquecido,
do padrão pre-estabelecido,
 de um mundo vivido à parte
de tudo o que invade,
faz festa e inquieta
e hoje vira saudade…
Do silêncio que persuade,
cala e consente
a vida desligada
vivida do nada.

Quero viver o seu sorriso,
esquecer aquele aviso
"Proibido deixar viver."
Aquecer-me a sua chama,
ouvir o que minh’alma clama
o que a vida reservou pra mim.



(Carmen Lúcia)






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