segunda-feira, 27 de agosto de 2012


Rua do Imprevisível

Rua do Imprevisível
(imagem copiada do Google)


Na Rua do Imprevisível parei...
Não era larga, nem estreita,
sem esquerda ou direita,
só começo sem fim...
Para os sonhos, perfeita!
Traçada para ser assim.
Pela Rua do Imprevisível andei...
Pensei ser feita de nuvens...flutuei
e na imensidão azul cheguei.
Estrelas cintilavam ao redor da lua
que lançava o seu prata, feito açoite,
à luz do sol...
confundindo dia e noite.
Na Rua do Imprevisível
tudo é possível...
Da dor se faz melodia
tocada ao som de violino;
da harmonia compõe-se hino
e do insensível transborda amor...
Na Rua do Imprevisível busquei...
Um olhar singelo,
um amigo sincero,
um confronto com o belo,
o sonho que tanto quero.
E mais que isso, encontrei:
a paz que me fugia,
a vida que jazia
nas calçadas da imaginação,
onde poesia e solidão
se dão as mãos.
Na Rua do Imprevisível
nada se prevê,
tudo se vê...
nada se esmorece,
tudo acontece;
nada se espera,
tudo se revela...
Não é feia, nem bela...
A magia passeia nela;
basta fechar os olhos
e caminhar por ela.
Carmen Lúcia

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