quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Nosso Amor

Nosso Amor

 Como comparar amor à dor?
Seria negar nossa própria existência 
regada da sublimidade maior
envolta de enorme querência
a nos unir e nunca nos sentirmos sós.
 
Nosso amor... Único e onipotente...
De almas compatíveis, sentimento contundente
a quem a vida consagrou...
Sem lágrimas, sofrimento ou rancor;
embora lamente todo o desamor que vigora
e cospe agruras no mundo de agora.
 
Amor construído de essências,
 conteúdos sólidos,
razão e emoção
caminhando lado a lado,
desprezando a embalagem,
 fogo de artifício que explode,
ilude, resplandece e morre.
 
 Se porventura a dor nos rondar 
e nos flagrar colhendo sonhos,
de imediato há de recuar
derrotada por nosso sorriso,
gládio protetor e incisivo
a refletir nossa felicidade.
 
 
E o amor perfeito, verdadeiro,
flamejará, sacramentado
dentro de nosso coração
refazendo a crença no amor sem dor,
reacendendo sentimentos abatidos,
ressuscitando amores que morreram 
antes mesmo de terem existido.
 
 

_Carmen Lúcia_
 

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