Vento que permeia cantos e
encantos,
desveste as paisagens,
devasta as roupagens,
prepara o cenário pra outra
estação,
alia-se ao outono durante
sua missão.
Vento que ciranda ao lado
do tempo
varrendo impurezas caídas
pelo chão,
soprando fuligens, levando
contratempos,
soprando-me aos ouvidos o
que veio revelar.
Leva-me, em suas voltas,
para o lado de lá.
Vento que percorre e
alcança os sonhos,
faça-se ponte pra que eu
possa passar,
não quero que morram em
pleno abandono,
são sonhos que ainda hei de
realizar.
Oh, vento, que assovia
melódica canção,
bate em minha face, aquieta
meu coração,
seca o meu pranto, sopra
minha dor,
e parte espalhando sementes
de amor.
_Carmen Lúcia_
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