Persigo a luz por trás da
névoa...
Preciso encontrar o caminho.
Meus pés cansados são
descaminhos,
já não me levam a lugar
algum.
O silêncio aumenta o vazio,
faz de minh’alma seu cais...
Meu corpo já não é meu, só o
frio
me agasalha ou me desfaz.
Onde estará minha vida?
Em qual rua a deixei?
Só restam pedaços de mim
em cada esquina que passei.
Só vejo bruma esfumaçada,
a luz se esconde atrás dessa
cortina
encobrindo a rua, a lua, na
madrugada.
Espero ter o que ainda
espero,
o que ainda creio, o que
ainda quero.
Só assim partirei...
Assim como cheguei.
_Carmen Lúcia_
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