Amo a língua portuguesa.
Com franqueza, com pureza, com certeza.
Ela me navega na imensidão dos mares,
na mansidão dos ares, além do infinito.
Desbravo os mais profundos abismos
e seus mistérios abissais...
Alcanço o ápice das montanhas,
percorro a estrada de meus ancestrais...
Desvendo em palavras as minhas proezas,
de minhas bravatas relato as grandezas.
De origem latina, primitiva, abrangente
difunde e aflora a “Última flor do Lácio”;
incita o poeta a dar vida às palavras,
faz das palavras imagens dos anseios da gente.
Vinda de caravelas aqui aportou;
trouxe um abraço que me cativou...
permeou as belezas, protestou as mazelas,
deu à flora e fauna ricas definições,
das riquezas da terra desenhou emoções.
Amo da língua portuguesa
a magia, o lirismo, o encanto.
Com ela choro o meu pranto,
grito a dor causo espanto.
Choro, sorrio, me acarinho em seu manto.
Divago em palavras a minha alegria,
na página em branco derramo a agonia.
_Carmen Lúcia_
Que lindo. Gostei muito. A nosso lingua sempre será o nosso mar de palavras.
ResponderExcluirSim, um mar a se abrir no momento exato em que transbordam as palavras e vem a necessidade de desafogar.
ResponderExcluirObrigada pela gentileza e carinho, Susana!
Abraço!