Meu jardim vai de rosa a jasmim,
tons, semitons de
grená a carmim,
substrato plantado em segredo
à espera do enredo escondido no tempo.
Nutre palavras colhidas do encanto,
tocadas ao vento, caídas cá dentro
brotando o que sabem de mim.
Meu jardim é de borboletas
a festejar o que virá...
ora vermelhas, ora grenás,
ora tão pretas, Vinícius de Morais.
Xeretas, a bisbilhotar
colibris do lado
de lá.
Meu jardim é parte de mim.
Retorno do carinho sem fim...
Da pétala macia que vem afagar
e beija o chão, e rodopia o ar.
Cheiro de alfazema em noite de lua,
rastro de estrelas perdidas na rua.
Meu jardim é qualquer estação.
Obra de artista, vaivém de emoção.
Meu jardim é o amor que assim faz,
além da janela, o sonho que traz
dentro do peito, silêncio e paz.
Carmen Lúcia
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