Aponta-me um caminho
de pedras, de flores,
espinhos…
Mostra-me a direção,
uma pista, um traço, um
vão…
Devolve-me ao meu ninho
devastado pelas incertezas
das convicções embusteiras,
armadilhas traiçoeiras
plantadas para depredar
o espaço onde piso os pés
e ando ao revés sem nunca
chegar.
Ilumina a escuridão da
sombra
que anoitece meu
itinerário,
quero ver a luz brilhante
acender o pavio da vela
e toda sacrossanta fé
incandescer o santuário,
revelando, num instante,
o final de tanta espera.
Indica um ponto sequer,
um sinal, qualquer hora,
uma rua, um porto, um
cais,
um talvez, um agora...
um talvez, um agora...
um lugar onde possa
chegar,
uma estrela que me guie
já que a manhã não vem
mais
e preciso continuar…
(Carmen Lúcia)
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