terça-feira, 4 de outubro de 2016

Arte





















 Caminho.
 O percurso de sempre.
Percorro o que não condiz com minha mente.
Um desassossego invade meu ser,
arrasta-me para ver o que ali não existe.
Sussurra-me aos ouvidos: Ouça!
Paro.
Mas a inquietude persiste…
A melodia insiste  em ressoar
a trilha sonora que me persuade.
Uma força misteriosa invade.
Rendo-me.
Deixo-me levar por ondas magnéticas
até onde o sonho permite,
e ele jamais impõe limite…
 Minh’alma deixa aquele lugar.
Lá estou e não estou.
Sem impasse encaro o desafio.
Reconheço-me na arte, no que me impactou,
em toda a beleza que se esconde
na  pura expressão de amor,
força movedora a segurar o tempo.
Arrebatada pelo mistério  de sua magnitude
vejo toda a plenitude de seu esplendor
e ainda me sinto faminta de vida interior.
Comparo.
Arte está imbuída na mística da fé.
Ambas ocupam o mesmo patamar.
Movem, comovem, removem.
E de lá volto ao mesmo lugar
 onde me deixei levar, meu cais,
com a grata sensação
de ter conhecido a paz.




(Carmen Lúcia)




Nenhum comentário:

Postar um comentário