quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Todas as cores (da vida)



Fecho portas e janelas Inibo a entrada do sol. Encolho-me qual caracol. Apago luzes. Da vida, do arrebol. Abraço a escuridão. Eu...só...breu...solidão. E um mundo ao meu redor.
Choro o que devo chorar. Pranto irreprimível, incisivo, preciso. O luto, de preto tarjado retrata sentimentos rasgados. A morte faz parte da vida. Verdade condoída.Cruel despedida.
Os dias passam. Deixam saudades. O escuro se clarifica. O agudo da dor se modifica, toma novas proporções, precauções. Abranda-se ao se tornar crônico. Laconicamente se acinzenta.
Cores suaves batem às janelas. Vêm com o entardecer. Costuradas às nostalgias. Mesclas de alegria. Reabrem portas. De novo, a vida pintada em tons d'aquarela. Traz de volta os sonhos e as cores da primavera.
_Carmen Lúcia_

Nenhum comentário:

Postar um comentário