sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O que me resta

O que me resta

O que me resta



De tudo que mais amei
restaram-me o poema 
e a saudade infinita de você.
 Resquícios de flores sem cores, 
 um beija-flor que não as deixa morrer.

Abro a janela...
 O tom descorado das flores
 sem o viço amarelo de outrora
quer  refletir o sol.
 Num esforço supremo anseia
trazer-me o arrebol.

Meu olhar perdido no tempo
 embroma-se com o vento.
  Reflete detalhes traçados,
   recados de você para mim,
sopro de brisa que teve fim...
-antes da consumação dos sonhos-


Tenho por consolo, a poesia,
 o amor revivido em versos,
o desejo irrealizado, a vida e o reverso,
 sombras de flores em preto e branco 
que choram lágrimas de meu pranto.

_Carmen Lúcia_

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário