É inevitável que preciso
mudar.
Libertar-me de padrões que
engoli
com a garganta seca de
ansiedade,
de tabus apregoados,
tatuados em mim,
bradando aos meus ouvidos
atrocidades
e tudo o que não olvidei de
ouvir.
Liberar desejos
engavetados, lacrados,
que eu repudiei de maneira
hipócrita
com a vontade louca de
ceder,
me envolver, te devolver,
presa a preconceitos
cravados no peito
que me impediam de ver, viver,
querer, ser...
Quero afastar a hipocrisia
de meus atos,
e renascer, fluir com meus
anseios,
integrar-me aos teus devaneios
que também são meus.
Guardei-os em segredo pra
revelar agora.
Talvez não seja tarde
demais...
Não vais embora! Verás do
que eu sou capaz...
Desfaze tuas malas, crê que
eu mudei...
O medo já não há...De me
entregar, de me doar.
E meus pudores, herança de
ancestrais,
crendices abissais, não os
carrego mais...
Recriarei meus sonhos e
alçaremos voos,
ousando alcançar a
plenitude desse nosso amor
vitimado por um passado que
abominei.
Fica! O tempo te dirá que
eu mudei!
_Carmen Lúcia_
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