domingo, 25 de novembro de 2012

Poetando

Poetando...

Poetando...


A noite estrelava em minha janela aberta...
Chamava-me até ela para que eu visse o quanto estava bela.
Num impulso “Bilacquiano”, comecei a vê-las...
Como é lindo entendê-las!Amar  é ouvir estrelas.
Meu sonhar levou-me até elas...

Sonho é essência da vida. 
E, segundo Neruda, em versos,
passa incólume por ela
quem não ousa o incerto,
sucumbindo no que julga certo
e desiste de seus sonhos...


Aprendi com Shakespeare,
que os acontecimentos do dia
é que tecem a fantasia.
E que nos fazem sonhar...
E tornam a vida espetacular...
Que o tempo não cura ferida nem dor.
Somente o Amor!


De Clarice, um pensamento Lispectoriano:
Não devemos passar o tempo enganando,
mentindo pra nós mesmos, quando não se ama mais...
“Ainda te quero como sempre quis”,
inverdade que com o coração não condiz...
Mas, de tudo, aprende-se lição.
Nada é em vão.


Sabemos o começo, nunca o fim...
"A vida pode ser curta ou longa demais..."
Cora Coralina, semi-analfabeta, ensina:
ninguém sabe de nada, de antemão...
Por isso, para que o viver tenha sentido,
pra que nada tenha sido inútil,
toquemos as pessoas com o coração...


E no tarde da vida, decorridos os anos,
quando a carência de afeto humano
bate tão forte... Desmedida e sem norte...
“Saudade de quem quero abraçar e não vejo”,
“Acabo de receber pelo correio, um beijo.”
Adélia Prado, em seu verso alado,
“Não quero faca nem queijo.Quero a fome.”
Todo o resto, agora, me consome.


            (Carmen Lúcia)
Carmen Lúcia Carvalho de Souza
09/07/2008

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