Hoje me faltou inspiração...
Saí para observar o dia,
olhar o céu
às vezes azul silvestre
e outras, cinza agreste...
onde um sol que desconheço
aparece pelo avesso,
ilumina em tom grotesco,
em desarmonia com o universo
como um grito de protesto,
contra a humanidade que o vestiu assim.
Saí para observar o dia,
olhar o céu
às vezes azul silvestre
e outras, cinza agreste...
onde um sol que desconheço
aparece pelo avesso,
ilumina em tom grotesco,
em desarmonia com o universo
como um grito de protesto,
contra a humanidade que o vestiu assim.
Hoje me faltou inspiração...
Saí pra observar as flores
que antes exultavam cores,
belezas a incitar poetas
a versejar sobre amores.
Hoje choram a natureza ultrajada,
enxertada de artificialidade,
onde a falsidade se faz prevalecer
e a verdade já não tem razão de ser.
Saí pra observar as flores
que antes exultavam cores,
belezas a incitar poetas
a versejar sobre amores.
Hoje choram a natureza ultrajada,
enxertada de artificialidade,
onde a falsidade se faz prevalecer
e a verdade já não tem razão de ser.
Hoje me faltou inspiração...
Saí pra observar a noite
e a lua de luto, escondida
em negro véu, no céu chora a despedida
das noites claras onde seu luar
prateava serenatas que já não há mais
e estrelas sonhadoras vinham suspirar
o suspiro dos amantes...
Hoje já não são mais tão brilhantes.
Muitas já não se encontram lá.
Saí pra observar a noite
e a lua de luto, escondida
em negro véu, no céu chora a despedida
das noites claras onde seu luar
prateava serenatas que já não há mais
e estrelas sonhadoras vinham suspirar
o suspiro dos amantes...
Hoje já não são mais tão brilhantes.
Muitas já não se encontram lá.
Hoje me faltou inspiração...
Saí pra observar o mundo
que corre o risco de inexistir,
globalizado pela hipocrisia,
obcecado pelo ter...pelo não ser...
Onde a maquiagem camufla o caráter,
onde se banaliza a célula mater .
Saí pra observar o mundo
que corre o risco de inexistir,
globalizado pela hipocrisia,
obcecado pelo ter...pelo não ser...
Onde a maquiagem camufla o caráter,
onde se banaliza a célula mater .
Hoje me faltou inspiração...
Só versos sem rumo, sem rima, sem noção,
que morrem antes de se tornarem poesia,
Só versos sem rumo, sem rima, sem noção,
que morrem antes de se tornarem poesia,
por falta de fantasia, por falta de coração.
_Carmen Lúcia_
Nenhum comentário:
Postar um comentário