quarta-feira, 30 de julho de 2014

Que tempo é esse?



Que tempo é esse?


 Tempo que traz nova vida
e até nos convida para celebrar.
Tempo que arrebata a vida
e ainda se olvida de quem faz chorar.

Tempo que gira veloz,
carrossel de emoções, temível algoz.
Às vezes tempo de paz, de amor e paixões
ou que gera a guerra  sem trégua
e segue gerando  frias solidões.

Tempo, que num repente, muda cenários,
o belo, o feio, caminhos arbitrários...
Cobre de flores a esterilidade do chão,
 entre gotas de chuva e de sol
faz nascer o arco- íris e o arrebol.

Tempo, um vaivém de dores, rancores,
ciranda de risos, amores, perdão...
Tempo que faz do poeta, artesão,
sincronia de arte e paixão.

Tempo que dispensa rimas
rimando a todo tempo
os passos da bailarina,
tempo que morde e assopra,
 beija e se desdobra
para não abraçar.

Tempo que escreve sem linhas
no branco (que assusta) da folha, a sina.
Que leva o remédio da cura,
os disfarçados efeitos especiais
e deixa o que não mais perdura,
o que nos transforma
em (d)efeitos colaterais.


_Carmen Lúcia_










Nenhum comentário:

Postar um comentário