Sem título
O tempo para.
Não volta nem vai.
Não traz nem leva.
Comoção! Não há estação...
Agruras...o choro que rola.
Ansiedade, a síndrome do agora.
Saudades, aos cântaros.
Um alarmante "salve-se quem puder".
Clima pesado, agonizante.
Sem perguntas!
Pra que respostas?
Cada um a tem pra si.
Sem trazer pra fora.
Liberdade controlada,
autonomia coersiva, reservada.
Por detrás de minha janela
os pássaros voam,
os girassóis giram,
um espetáculo traz a tarde,
a paisagem exorbita, grita,
ninguém toca nela.
A vida é bela
por ser inacabada,
pelo detalhe que não se alcança,
pela metade que falta.
O tempo não se atenta e para.
Avançamos?
Carmen Lúcia
_ 30/05/2022_
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