domingo, 4 de março de 2018

A vida é bela





















Inocente, 

fora cruelmente sentenciada.
Infância truncada, 
brincadeiras roubadas,
portas fechadas.
Pais? 
Não os tivera jamais…
Não no amplo sentido da palavra:
amor, doação, alimento, proteção, lar...

Crescera, aos trancos e barrancos,
um pouco aqui, um pouco acolá,
entre a vontade de ser feliz 
e a monstruosidade do mal,
num contraste entre pedras e flores,
entre o medo que não sabia confessar.

Conhecera um falso lar.
Adolesceram-lhe os sonhos.
Adulteraram-lhe a adolescência.
Envelheceram-lhe a vida.
Estupraram-lhe as flores.

Num encontro com a dor
se viu maior que sua cruz
ao perceber que a sombra
só existe quando brilha alguma luz.

Lutas, lágrimas, cansaço.
Enfim o remanso ao seu encalço.
Um objetivo em mente:
Alertar sobre o mal(u) frequente
do abuso sexual.




Carmen Lúcia

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