domingo, 18 de fevereiro de 2018

Madrugada

Sou mais a madrugada arredia
que não é noite nem é dia.
É orvalho e alvorada
oração intercalada
no silêncio que prenuncia
o novo que virá.

Sou a madrugada interposta
mediando o morrer da lua
e o nascer do sol
a deixar no ar um ar de “o que será?”
 O abandono onde todos vestem sonhos
na espera do novo que virá.

Sou a madrugada sem atalhos
onde livres brincam os pensamentos
 e a magia tece em colcha de retalhos
palavras colhidas do momento
em que versos se trombam,
emoções se encontram,
ritual da paz…
É manhã que chega.
 Madrugada que jaz.


Carmen Lúcia


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