quarta-feira, 23 de março de 2016

Minha prima Vera






























Transformo-te em saudade
e durante a tarde
lembro-te junto ao sol
poendo-se no horizonte
lembrança vagando ao léu
em tons que  a vida te deu
 buquê levitando ao céu
em cores multicoloridas
colhidas de cada arrebol.

Transformo-te em poesia
sem métrica, ritmo ou rima,
livre como foste e serás…
Devolvo-te a vida
e toda a magia  contida
em tua doce alegria
sorrindo pelos jardins
de onde te vejo bailar
pela  janela entreaberta
do quarto em mim guardado
em meio a flores e colibris.

Floresces entre canteiros
impregnando  teu cheiro
num tempo que não passará.
És dama da noite de lua,
és verso atravessando ruas,
és chegada, nunca partida…
Jamais serás despedida.

(Carmen Lúcia)


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