sexta-feira, 22 de junho de 2012



 Simples assim... 
  Como se o amor fosse nada
  e a saudade fácil de ser apagada...
Como se ao engolir o pranto
o nó não sufocasse a garganta
e as lágrimas não rolassem tanto,
  por encanto...ou desencanto...

Como se o ato de fechar cortina
pusesse um ponto final na história
separando-a da memória
sem aquela dor que desatina
a se alastrar com a chuva fina...

Como se o rastro de teu perfume
exalasse pra bem longe meu queixume
por entre densa névoa, indo,
distorcendo aquela imagem
de ti pra mim sorrindo...
 

Tão simples... 
como se calar a voz do pensamento
calasse também o grito do silêncio
dissimulando o brilho do olhar
a conjugar em qualquer tempo
o verbo amar...

Como se o coração se rendesse a regras
e em descontrole controlasse as emoções
congelando com o frio do inverno
as vibrações , as sensações, as paixões,
o sentimento mais terno...

Tão simples assim...
disfarçar o que se sente,
 interpretação dolente
e com um sorriso displicente
ter que dizer: Fim!



_Carmen Lúcia_

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