quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Aquele sorriso franco




Já não trago o sorriso escancarado
mas um riso teso, meio que forçado...
Se se abrisse em sonoridade esfuziante
certamente não seria livre, mas forjado.
Já não trago nos olhos o brilho de antes
a refletir da vida a alegria pujante.
Olhos que falavam o que a voz não conseguia
e hoje, anuviados, observam calados.
Já não sinto o mesmo frisson
da paixão que arrebata, rouba os sentidos,
nos faz submissos, tira-nos o chão
e nos (en)leva a uma viagem plena de emoção.
Hoje descrevo o que vivi, o que senti,
a essência do que chorei e do que ri,
carícias de pétalas, crueza de espinhos,
sentimentos que transcrevo em poesia
e vejo renascer na folha de papel em branco
a luz que reluzia de meu sorriso franco.
_Carmen Lúcia_

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